sábado, 27 de dezembro de 2008

Um Olhar mais Cuidadoso em 2009


FELIZ OLHAR NOVO!!!
(Carlos Drumond de Andrade)

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir
orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a
receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por
vezes,o pneu fura, chove demais... mas, pensa só: tem
graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao
dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por
causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero
viver bem.
2008 foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também
cheio de problemas e desilusões. Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o
amor que acabou.
Normal. 2009 não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio
de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que
nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o
quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua
esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria!
E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser
responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte.
Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos
amigos. Ou mude de classe, transforme-o em colega.
Além do mais, a gente, provavelmente, também já
decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não estava
na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse
momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro:
CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR
REALIDADE.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do
ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a
gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com
generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para cada um de vocês esse olhar especial.
2009 pode ser um ano especial,se conseguirmos perceber
nossas fragilidades e aprendermos a relevar...
Teremos um Olhar mais Cuidadoso e Amoroso.

Que a virada do ano não seja somente uma data, mas
um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que
desejamos, afinal desejos e utopias podem se tornar
realidade somente se estivermos dispostos a fazer a parte que nos cabe!

FELIZ 2009!!! Jane Patrícia Haddad ( Núcleo Apoena BH-MG)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A Utopia começa a Renascer...Faça parte dela!





Como educadora, percebo que estamos vivendo uma crise moral (o outro não existe, a não ser como instrumento para benefício próprio), convivemos diariamente com uma instabilidade gerada por tantos excessos.
O momento é de pararmos , olhar para além do que estamos vendo.
Enxergar com os olhos menos cansados!

Todos nós estamos acompanhando pela mídia os casos absurdos de indisciplina e violência nas escolas, sejam elas privadas ou públicas. O que mais me preocupa é o número de professores adoecendo e trocando seu ofício por qualquer outro que não seja a Educação. E os pais abrindo mão de seus papéis e deixando com que os filhos assumam o comando de suas próprias vidas, pois, todos nós sabemos que crianças e jovens contrariados é conflito na certa, e os pais estão fugindo de conflitos com seus filhos.

Acredito que o momento, não nos permite mais, ficar buscando culpados e sim todos nós, cada um na sua profissão e ambiente, começar um movimento de mudança, de dentro para fora.

Como estaremos daqui a dois anos?

Não seria o momento de repensarmos nosso papel na sociedade ?
Alguns valores não devem ser negociáveis.

Valores. O que é permanente e transitório?


No texto o Mal Estar na Civilização Freud, com o propósito ainda de esclarecer a busca humana na obtenção de felicidade, destaca que existem sofrimentos que ameaçam o homem, sofrimentos que podem advir de três direções: de seu próprio corpo, do mundo externo e de seus relacionamentos com outros homens. Sendo esta última a forma mais penosa de todas. O Mal Estar na Civilização é representado pelo mal estar nos laços sociais.
Acreditamos na Utopia Realizável, desde que unidos indaguemos:
A Reconstrução da Cultura, como meio e fim, da educação.
O investimento social como uma possibilidade presente, de construção do futuro.
Utopia começa no caminho, ela que nos abre horizontes e um leque de possibilidades e parcerias.
O momento nos convoca: SAIR DA QUEIXA E PASSAR A RESPONSABILIDADE.
Patrícia Haddad e Eduardo Machado

quinta-feira, 20 de novembro de 2008


"... Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!... Martin Luther King – fragmento do memorável discurso "I Have a Dream", de 28/08/1963.0"
EU Jane Patrícia tenho vários sonhos...um deles é poder acreditar nos Políticos, nos Educadores,nos Doutores e no SER HUMANO.
Outro grande sonho que busco é transformar nosso espaço em verdadeiras Comunidades Educativas, onde cada ser humano seja valorizado pelo que é, com suas limitações e possibilidades.
O meu maior sonho é resgatar em nossas crianças o desejo da Pergunta, o Olhar da Curiosidade e a crença no amor.
Enquanto estiver viva, terei sonhos e realizarei Projetos...com certeza, jogarei minhas sementes... E você...qual é o seu SONHO?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

NÚCLEO DO SUL



10º Encontro do Núcleo do Sul




"E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está...”(Aquarela, de Toquinho)


Data: 30/10(quinta-feira)
Hora:9h
Local: Colégio João Paulo I (zona sul) - Porto Alegre

Participem!


Abraços,
Cleusa

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

NÚCLEO DO SUL


9º Encontro do Núcleo Sul





Partimos do fluxograma e elaboramos alguns Princípios... Logo estaremos enviando!

"Aquilo que resultar do trabalho realizado nos núcleos e entre núcleos será produto de um colectivo e não obra de um indivíduo..." José Pacheco

Abraços,

Cleusa

terça-feira, 16 de setembro de 2008

NÚCLEO DO SUL



9º Encontro do Núcleo do Sul

"Para provocar aprendizagens é preciso fazer conexões e relações entre sentimentos, idéias, palavras, gestos e ações." (Barbosa & Horn, 2008)

Data: 2 de outubro(quinta-feira)
Hora: 8h 30min
Local: Jardim de Infância do Colégio Farroupilha (Rua Carlos Huber, 425 -
Porto Alegre)
Pauta: Elaboração da Carta de Princípios.
Participem!
Abraços,
Cleusa

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

NÚCLEO DO SUL

No dia 4/9 realizamos o 7º Encontro do Núcleo do Sul, no Jardim de Infância, do Colégio Farroupilha.
Pauta: Levantamento das contribuições trazidas pelo grupo, no dia 21/8, referentes a Carta de Princípios e organização do 8º Encontro, que já está agendado!
Data: 11 de setembro(quinta-feira)
Hora: 8h30min
Local: UNIRITTER - Porto Alegre.

Pauta: Contribuição do Núcleo RC-RS na elaboração da Carta de Princípios da Rede Românticos Conspiradores.
Relato da professora e pesquisadora, Maria Dolores Molina Galvãn, da Universitat de Valência, com o tema "Los Movimientos de Renovación Pedagógica en el Estado Español"
Sua participação é muito importante!
Abraços,
Cleusa

terça-feira, 12 de agosto de 2008

NÚCLEO DO SUL

"A concepção da escola como espaço aberto, em ligação com outras instituições culturais e científicas e com a presença forte das comunidades locais, obriga os professores a redefinirem o sentido social do seu trabalho." ( Hargraves)
No dia 7/8 realizamos o 5º Encontro do Núcleo do Sul, no Jardim de Infância, do Colégio Farroupilha.
O 6º Encontro já está agendado para o dia 21 de agosto(quinta-feira), as 9h, na UNIRITTER.
Pauta: Contribuição do Núcleo RC-RS na elaboração da Carta de Princípios da Rede Românticos Conspiradores.
Contamos com a presença de todos!
Abraço,
Cleusa

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

NÚCLEO APOENA - BH-MG


Conspiradores,
como é bom ver tanto movimento, tantas pessoas unidas apesar da distância física, por um único objetivo: Re-significar o Ser-Humano , a Educação,a comunidade... toda verdareira e real educação começa com um sonho: " Conte-me seus sonhos para que possamos sonhar juntos" Rubem Alves.
Nós também estamos em pleno movimento, muitos encontros, agregando daqui, dali, a cada dia uma nova idéia, uma nova instituição, um novo olhar e muita esperança e mão na massa.
Aos poucos, nossos monólogos desarticulados,vão se tornando dialogos articulados.
A indignação já foi despertada: " já estamos conseguindo ler nas entre-linhas ( na ausência da palavra).
A rede está sendo tecida, fio a fio,ponto a ponto, começamos por nos resgatarmos como seres humanos desejantes de um mundo melhor, nos reorganizando de dentro para fora.Estamos começando pelo desatar dos nós que mais nos aterroriza e nos paralisa, o nó da Normalidade e da Queixa. APOENA significa em Guarani:
" Aquele que enxerga longe" e nós enxergamos muito além das nossas viseiras. Simplesmente porque somos livres e não tememos o começar e re-começar.
Vamos Conspirar sem nos perdermos em tantas idéias, começemos do pequeno, do primeiro ponto...do tecer...
Abraços Fraternos,
Jane Patrícia Haddad

Memória da Reunião em Natal/RN

Na última sexta-feira, dia 08/08/2008, das 16 às 18 horas, realizamos reunião em Natal, na Escola estadual Hegésippo Reis/Projeto Casa de Saberes, com as presenças de 8 pessoas. Refletimos sobre o sentido do movimento RC, sobre o que nos move, as razões para tomarmos parte de tal iniciativa, o que imaginamos que será o RC num futuro breve, como pensamos que será a atuação do grupo e de cada um (a)... etc, etc, etc. Conspiramos bastante, levantamos hipóteses, trocamos impressões sobre o que temos acompanhado das mobilizações dos núcleos pelo Brasil. Discutimos um pouco sobre os projetos que desenvolvemos nas escolas, iniciativas conjuntas que poderão ser implementadas, idéias de "Bairro-Escola" e "Cidades Educadoras", possíveis investidas junto ao poder público... Ficou claro que será necessário organizarmos um núcleo para reuniões no município de Nova Cruz (distante 100 km de Natal) que aglutine interessados daquela região e um outro Núcleo em Natal, mantendo-se um permanente diálogo entre os dois. O grupo também decidiu que, aos poucos, estará convidado novas pessoas para as reuniões futuras, desde que a quantidade não comprometa o fortalecimento do grupo que ainda encontra-se em fase de tateamento sobre o que será o RC. A partir das proposições do José Pacheco, o grupo entendeu a importância da definição de princípios, até para tornar mais claro o que virá a ser o RC e cada um poder se decidir sobre a permanência ou não no movimento. Sub-grupos foram formados, por aproximação geográfica, para uma primeira rodada de discussão de princípios, considerando os textos enviados pelo Pacheco e outras referências, inclusive temas levantados pelo próprio grupo nas reuniões. O Wilson Azevedo ficou de criar um ambiente virtual para o grupo discutir as produções dos sub-grupos e chegar a uma produção a ser enviada para os demais núcleos dos Estados brasileiros. A próxima reunião presencial ficou para o dia 12 de setembro, oportunidade em que já serão discutidas algumas ações concretas a serem encaminhadas, tendo em vista o ano de 2009.
Cláudia Santa Rosa

domingo, 10 de agosto de 2008

Núcleo São Paulo - 4 Encontro - 09-08-2008

No dia 9 de agosto foi realizado nosso 4 encontro. Contamos com 29 conspiradores, e tivemos a oportunidade de refletir sobre princípios. Nosso próximo encontro ser´ano dia 13 de setembro, sempre no segundo sábado do mês.

Abraços, Carla.








terça-feira, 22 de julho de 2008

Belo Horizonte...nasce um Olhar


Seguindo o Conselho da Cláudia Santa Rosa, relato aqui alguns pequenos e grandes passos em Belo Horizonte-MG.
Sou Jane Patricia Haddad- Educadora inquieta, que em uma de minhas tantas andanças pelo Brasil, encontrei com Professor Pacheco. Daquele momento em diante " não nos largamos mais" rsrsrs, quero dizer nossos Projetos foram sendo tecidos em conjunto e agregando a cada dia novas pessoas, idéias, comunidades, escolas...e muitas possibilidades.
Fomos a Vila Pavão- ES, um Munícipio que respira e respinga educação, e hoje já é uma encubadeira de grandes possibilidades. Pois eles acreditam no que fazem!
Pacheco , na sua última vinda a BH, me apresentou uma companheira também Patrícia, pessoa especial e também muito inquieta, uma Educadora inata, através deste breve encontro de 3 pessoas inquietas, surgiu uma nova amizade e novas parcerias: duas
( Patrícias - impossíveis).
Juntamos a fome com a vontade de comer, e começamos a tecer nossas experiências e aos poucos estamos agregando novos companheiros, alguns que já faziam parte do grupo da Pati LU, outras que faziam parte da rede( Pati-Pimentinha), apelido que me foi dado pela Pati Lu...
Estamos realizando reuniões semanais, onde aos poucos tecemos um retalho da saúde, um outro da Educação, outros vários da Polícia Cívil ( que por sinal, já faz um belíssimo trabalho de capacitação e humanização , através da Universidade fundada por eles( Pati, Paulo , Hamilton e sua equipe) e sustentada em cima de muito trabalho,desejo e simplicidade). Já agregamos , novos companheiros desejosos, Pablo, Mary, João Henrique, Andréa Mendes, Késsia...e com certeza outros que virão.
Aos poucos, estamos construindo uma Rede ( APOENA - em guarani - Olhar Longe - nome escolhido para Homenagear nossos Companheiros da Polícia Cívil), um grupo que acredita na interlocução das diversas profissões, pessoas, e principalmente no trabalho de base: passo a passo...
Um dos pontos básicos no momento é o Olhar para além das desarticulações e alienação humana em que estamos entrando.
No momento, nosso primeiro passo é uma rearticulação profunda das nossa raízes humanas.
COMO RECONSTRUIR A SOLIDARIEDADE HUMANA PARA ALÉM DOS INTERESSES PESSOAIS?
Estamos em um momento de construção de Pontes, momento de rupturas com discursos bonitos e políticas vazias de sentido.
Como dizia nosso querido Paulo Freire: "Sofrer o exílio é assumir o drama da ruptura que caracteriza a experiência de existir . Não se sofre o exílio quando ele é só razão(...) Não vivo só no passado, mas existo no presente em que me preparo para a volta possível(...)"Paulo Freire À Sombra Desta Mangueira.
E Já fica um convite para nosso Primeiro encontro que acontecerá nos dias 28,29 e 30 de Novembro em Belo Horizonte-MG
" Educação se Faz com Segurança Pública,com Desafios e Possibilidades: qual é a parte que lhes cabe?
Informaremos em breve mais notícias!
" O que hoje é realidade foi outrora imaginação". William Blake

segunda-feira, 21 de julho de 2008

NÚCLEO DO SUL

Momentos inexquecíveis do nosso Encontro, no dia 17 de julho,
no Jardim de Infância do Colégio Farroupilha.







"Deixemos de ser solitários para ser solidários!" José Pacheco
Abraços,
Cleusa


domingo, 6 de julho de 2008

Mão Dadas + Ação = Educação


Mãos dadas Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.
Carlos Drummond de Andrade
A Escola presente, depende nós educadores conscientes e comprometidos com nossa missão.
Mão dadas + idéias compartilhadas + eucadores entusiamados + ação = COMEÇO DO CAMINHO.
Vamos Caminhar...Jane Patrícia

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Financiamento da Escola



A mensagem abaixo foi encaminhada por um dos participantes do nosso grupo, via lista de discussão. Considero um tema da maior riqueza para discutirmos e, sendo assim, sugiro postarmos comentários neste tópico. Que tal?

FP diz assim:

"Olá gente, boa noite.

Tenho uma "farpa" me incomodando e gostaria de saber se alguém poderia me ajudar. Vamos a ela: todas as escolas reclamam de falta de verbas e eu gostaria de saber se há algum impedimento legal para que uma escola pública capte fundos particulares de empresas inclusive para complementação de folhas de pagamento, reforma e coisas assim. Esse tipo de captaçao é ilegal?

Outra questão, é: pode um grupo de professores montar uma ONG, fundação, etc destinada a buscar parcerias e captar fundos para uma escola (no meu caso, estadual)? Isso ja foi feito em algum lugar?

Abraços e obrigado"

FP

terça-feira, 1 de julho de 2008

O que você faz Ecoa na Eterndidade


O que você faz: " Ecoa na eternidade" esta frase, dita no filme Gladiador, tem sido minha frase de inspiração no meu fazer Educação.
"Quanto mais fazemos, refletimos e estudamos, menos estamos conseguindo que os alunos aprendam". Escutei tal frase,esta semana, de um grupo de "educadores" em um bate-papo.
Logo pensei: Lá vem as queixas e a busca por culpados por nossas falhas e omissões.
Contei até 10, exercício que tenho feito ultimamente, uma forma que, encontrei de ser menos impulsiva.
Eu me lembrei de uma citação de Nietzsche: " O ressentido exercita uma revolta passiva, se caracterizando pela moral escrava, escolhendo a servidão voluntária, a vida rebaixada(...)"
E lá fui eu: - Educadores lembrem-se: Vocês tem a escolha de Ser educadores ou não, qualquer profissão que vocês escolherem atuar fora da escola, será mais rentável e menos cansativa do que a de um bom professor. Sem contar que,vocês estarão dando uma grande oportunidade para seus alunos( de serem alunos). Vocês tem escolha e eles não, talvez a última oportunidade que eles tenham, é a de frequentar à escola e ali encontrar um verdadeiro educador que os olhe para além do que estão vendo.
Indisciplina, dificuldades de aprendizagem, violência enfim tantos novos sintomas e sempre por culpa dos alunos.
O que tenho visto são alunos condenados ao fracasso escolar?
Onde está nossa responsabilidade em tal fracasso?
Covardia não combina com educação.
O que faremos nós educadores?
Um dos caminhos que tenho descoberto, é o de me aliar a pessoasque acreditam realmente no valor :Educação e no Ser Humano, para além dos sintomas pós-modernos que nos aprisiona em nossas queixas e paralisação.
Parabén a todos nós, que nos colocamos em movimento!
Os Românticos Conspiradores advertem: Faz-se necessário desenvolver estratégias, o mundo é de incertezas, nosso ensaio diário: Mais perguntas e menos respostas.
Com carinho e admiração.
Jane Patricia Haddad

NÚCLEO DO SUL









Alguns momentos do nosso encontro, do dia 5 de junho, no Jardim de Infância do Colégio Farroupilha, Porto Alegre.

"A essência do homem é, na sua realidade, o conjunto de relações sociais. O círculo constitui-se em instância de mediação entre singulares. O professor que participa do contato com outros fica outro, transforma transformando-se e disso adquire consciência." (José Pacheco. Livro:Escola da Ponte, Formação e Transformação da Educação)
3ª Reunião do Núcleo de Porto Alegre/RS
Data: 05/06/2008
Local: Colégio Farroupilha
Hora do Início: 9h
Hora do Término: 11h30min

Ata elaborada por Denise e Gabriela:

A partir da decisão do grupo de propiciar uma partilha de experiências educativas inovadoras, deu-se o terceiro encontro do núcleo sul. Neste sentido, foi disponibilizado o espaço aos protagonistas de tais ações, a fim de que se proporcionasse visibilidade às escolas – seus respectivos profissionais da educação – onde a forma de ensinar tem ganhado novos e coloridos contornos.
Após o contato realizado por Maria Luisa Xavier e a respectiva aceitação, de forma incondicional, do mesmo, tivemos o prazer de receber a visita da Carla Cristine Wittmann Chamorro, Secretária de Educação de Picada Café, e de Lourdes Maria Rizzi, Secretária de Educação de Arroio do Meio, com as professoras: Mirta Huppes, Naiara Três e Denise Neumann. Ambas cidades do interior do Rio Grande do Sul.
Cleusa Beckel, coordenadora do Núcleo Sul, organizou com excelência o encontro, que aconteceu no auditório do Jardim de Infância do Colégio Farroupilha. Cabe ressaltar aqui, que o evento foi aberto e divulgado pelos membros do núcleo, sendo extensivo a todos os interessados.
Após a acolhida, fomos surpreendidas com a entrada de um grupo de crianças do Jardim da Infância, que cantaram, contagiando a todos com seu carisma, e falaram ao público da “Campanha Farroupilha contra a Dengue”. Saliente-se que a fala dos alunos era espontânea; à medida que as crianças levantavam a mão iam fazendo importantes colocações a respeito do projeto, demonstrando a apropriação e o prazer de saber, de compartilhar e de ter responsabilidades. Ao final da apresentação, elas foram aplaudidas e se misturaram em meio aos participantes distribuindo folders muito criativos alertando sobre o que é a dengue, quais os sintomas e como evitar. Posteriormente, retornaram às suas salas de aula.
Cleusa fez a abertura do encontro propriamente dito, apresentando e convidando o diretor do Colégio, Roberto Py, para dirigir algumas palavras ao grupo. Ele conduziu sua fala com muita simpatia e estímulo, deixando claro o apoio e a parceria estabelecida entre o Colégio Farroupilha e o Núcleo Sul dos Românticos Conspiradores.
Dando continuidade, Cleusa convidou Carla, a Secretária de Educação de Picada Café/RS, a iniciar seu relato. Muito entusiasmada, ela discorreu sobre alguns dos Projetos de sua cidade, dentre os quais destacou:
- Ler em Casa (consiste em sacolas de livros que passam de casa em casa);
- Expresso da Leitura (“transporte diferente” - com serviços de um "mordomo", que passa pelas comunidades para trazer as pessoas para a biblioteca pública);
- Saberes de Nossa Gente (investimento na idéia de oportunizar acesso ao mundo da leitura e escrita às pessoas que, em idade própria não o tiveram, por intermédio de aulas domiciliares, visto a resistência de muitos em se dirigir até a escola)
- Turno Integral: Ensino de turno integral para as crianças das séries iniciais do ensino fundamental, bem como oferta de oficinas aos alunos das séries finais do ensino fundamental.
O relato de Carla foi complementado com fotos e detalhes do projeto apresentados no “data show”.
Após o relato fomos convidados a fazer um breve intervalo, a fim de saborearmos um gostoso café, acompanhado de alguns petiscos, momento de grande interação entre os partícipes do encontro.
A segunda parte teve continuidade com a apresentação de Lourdes, Secretária de Educação de Arroio do Meio/RS, que relatou alegremente alguns de seus projetos, trazendo também muitas fotos e importantes informações qualitativas e quantitativas sobre os mesmo. Dentre eles projetos, destaca-se:
- Projeto Educacional "Um sim à vida";
- Projeto de Leitura - Concurso Literário, Parada de Leitura, Mala Mágica, CulturArte - Feira do Livro.
Junto com a secretária também estavam presentes três professoras que colaboraram com os relatos e deixaram o convite para os dias 1 e 2 de julho às 16h no Hotel Plaza São Rafael em Porto Alegre, onde estarão presentes e divulgando seus trabalhos no Fórum Extraordinário de Educação.. Foi contagiante a motivação evidenciada pelas relatoras das duas cidades, e, por meio das exposições foi possível subsumir que mesmo enfrentando tantas dificuldades quanto àquelas existentes aqui e em outras localidades, não permitiram que isso se tornasse empecilho para a busca de alternativas de mudança. Na verdade, ficou perceptível, a partir das narrativas, que as dificuldades diagnosticadas devem servir de ponto de partida para que as transformações necessárias possam ser alavancadas.
Os participantes interagiram bastante, demonstrando estarem envolvidos e, também, desejosos de conhecer mais sobre as realidades narradas, que, indubitavelmente, serviram de impulso para que se fortalecesse no íntimo de cada um a idéia de que é possível, sim, fazer diferente. Ao fim da exposição, os participantes foram convidados para a visitação da cidade e das escolas.
Esta manhã nos fez refletir intensamente a respeito do texto de nosso querido e inspirador José Pacheco, que fala das escolas invisíveis. Um evento como este ressalta a importância de dar visibilidade às escolas e isso repercute no sentimento de “reforço do nosso acreditar na educação”, da necessidade premente de compartilhar, da coragem de começar e de continuar nessa trajetória de promoção de indivíduos plenos. E, talvez o mais importante do encontro foi a possibilidade de reavivar em nossos corações que não estamos sós em nossos anseios, basta tão-somente olharmos para o lado e darmos as mãos uns aos outros.
O próximo encontro do Núcleo Sul ocorrerá no dia 17 de julho, concomitantemente a vinda de José Pacheco a Porto Alegre.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Núcleo São Paulo








No nosso último encontro tivemos a surpresa do professor Pacheco. Ele nos presenteou com sua presença e reflexões.


Sabemos que para algumas pessoas está dificil formar núcleos em suas cidades, por isso gostariamos que elas se juntassem a nós paulistanos.




Nosso próximo encontro será no dia 14 de Junho

segunda-feira, 2 de junho de 2008

NÚCLEO DO SUL

3º Encontro do Núcleo do Sul

"Assim como certas correntes de pensamento, teorias e pedagogos permanecem invisíveis, também são invisíveis certas escolas." José Pacheco

Vamos dar visibilidade as nossas escolas!

Sendo assim, a Secretária de Educação de Picada Café(RS), Carla Cristine Wittmann Chamorro, aceitou nosso convite e virá relatar, no nosso núcleo, alguns dos Projetos de sua cidade. Entre eles:
- Ler em Casa (consiste em sacolas de livros que passam de casa em casa);
- Expresso da Leitura: (transporte diferente - com serviços de um "mordomo", que passa pelas comunidades para trazer as pessoas para a biblioteca pública);
- Saberes de Nossa Gente (investimento na idéia de oportunizar acesso ao mundo da leitura e escrita às pessoas que, em idade própria não o tiveram, através de aulas domiciliares, visto a resistência delas em dirigir-se até a escola);
-Turno Integral: Ensino de turno integral para as crianças das séries iniciais do ensino fundamental, bem como oferta de oficinas aos alunos das séries finais do ensino fundamental.
Também teremos a participação da Secretaria de Educação de Arroio do Meio(RS), com os relatos:
-Projeto Educacional "Um sim à vida";
- Projeto de Leitura ( Concurso Literário, Parada de Leitura, Mala Mágica, CulturArte-Feira do Livro...).

Participem!

Dia: 5/6 (quinta-feira)
Horário: 9h
Local: Jardim de Infância do Colégio Farroupilha
Rua: Carlos Huber, 425

Abraços,
Cleusa

terça-feira, 27 de maio de 2008

Núcleo São Paulo


Queria lembrar a todos do Núcleo São Paulo que sábado (31/05) temos nosso terceiro encontro. Local: Casa da Ana Neves. Horário: 15:00.
Na última reunião falamos da necessidade de ter um projeto. Luiz está sugerindo como pauta:

Como disparar o processo de criação de um projeto?

Quem puder, confirme a presença.
Abraços, Carla.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

RELATO DE EXPERIÊNCIAS:
CRIANÇAS DO JARDIM DE INFÂNCIA DO COLÉGIO FARROUPILHA, DE PORTO ALEGRE, TROCAM EXPERIÊNCIAS COM ALUNOS DA ESCOLA DA PONTE

Nosso Projeto iniciou após a Páscoa, pois nesse período surgiu o interesse do grupo de N3, em saber como as crianças de outros países comemoravam essa data tão especial. Surpreendentemente os países da Europa foram os mais lembrados pela turma.Imediatamente as crianças começaram a trazer álbuns de férias de vários lugares para serem explorados na rodinha. Na intenção de decidirmos qual o país que estudaríamos, construímos um gráfico explorando o conhecimento lógico-matemático e mostrando a descendência de cada um. Essa atividade justificou o interesse do grupo por Portugal, pois a grande maioria da turma tem descendência portuguesa.Então, iniciamos um conhecimento sobre a cultura, hábitos, bandeira, idioma e suas relações históricas com o Brasil. Como ponto de partida, começamos a construir nosso “Cantinho do Projeto”, com materiais enviados pelas famílias como: fotos, mapas, guia turístico, revistas e objetos característicos da região. Nossa sala de aula, começou a ter características do objeto em estudo, pois o cantinho acabou sendo mais um recurso de pesquisa, sendo esse, explorado diariamente pelo grupo de crianças da sala de aula.Aproveitando as datas comemorativas que temos em abril e que também fazem parte de nosso Projeto, trabalhamos a história do Descobrimento do Brasil. O livro “Faz Muito Tempo” de Ruth Rocha, fez com o grupo conhecesse tal acontecimento e, a partir daí, criaram uma história coletiva descrevendo o seu entendimento e ilustrando com desenhos. Também cada criança construiu sua caravela com garrafa pet e num segundo momento observamos seus movimentos na água.Outra data comemorativa que abordamos durante o projeto, foi o dia do índio, onde resgatamos seus costumes, comparamos sua vestimenta com a dos portugueses, alimentação, moradia e artesanato. Construímos cocares com penas e folhas de árvores caídas, colares feitos com bolinhas de argila e massa, trabalhando a motricidade fina de cada um. Nesse dia as crianças se caracterizaram de índios, valorizando e relacionando com o projeto em estudo.Com o objetivo de levar as crianças a viagens fantásticas pela história, não poderíamos deixar de trabalhar a história de vida de cada um, resgatando a sua árvore genealógica e a linha do tempo, ilustrada com fotos do nascimento até os dias de hoje.Na aula de Oficina de Criação estudamos a origem do mosaico, construímos um com papel e num segundo momento, presenteamos a mamãe no seu dia, com um descansa pratos de madeira, e ilustrado com miçangas e pedrinhas num trabalho de mosaico.Desenvolvendo a percepção do próprio corpo, do corpo do colega e do espaço que os rodeiam, durante o Projeto nas aulas de Música, cantamos e dançamos ao som do “Vira”, “Lá em cima tem o Tiroliroliro” e “Quem foi que descobriu o Brasil”?Nas explorações matemáticas, as crianças se envolveram com o jogo de percurso, onde cada grupo elaborou o seu, vivenciando momentos de perda e ganho, pois o jogo de regras pressupõe organização, coordenação e uma ação cooperativa.Alice, uma aluna da turma, durante o Projeto trouxe a novidade para o grupo de que viajaria para Portugal. Logo, começamos a nos organizar para que ela levasse em sua bagagem uma carta da turma para a Escola da Ponte, na intenção de iniciar um correio eletrônico. Antes da saída de Alice, realizamos uma viagem pelo Google Earth na aula de informática, onde saímos do Colégio Farroupilha e fomos para Portugal, conhecer pontos turísticos como praias, cidades, monumentos e a Escola da Ponte.Enquanto aguardávamos por Alice, recebemos por e-mail a resposta de nossa carta, pois o nosso cartão, que Alice e seus familiares levaram, foi apresentado em “Assembléia” (reunião de alunos e professores) dando início a troca de informações culturais e gastronômicas. Cristiano (aluno da Escola da Ponte) nos mandou a receita dos pastéis de Belém e como forma de agradecimento, na aula de informática enviamos um e-mail para ele, com a receita de um carreteiro de charque e outras curiosidades do grupo.É importante salientar que o Projeto vem sendo desenvolvido e as informações resultantes, deram enfoque na parte histórica e nas relações com o Brasil, conduzindo os alunos em uma viagem inesquecível e desenvolvendo o sentimento de patriotismo. Levando-se em consideração as possibilidades, as necessidades e as características das crianças dessa faixa etária e do grupo específico, buscando sempre o desenvolvimento integral de cada um.A realização desse trabalho é muito gratificante e enriquecedor, pois aprender faz com que nos sintamos vivos, felizes e com a certeza de que podemos produzir nossa história de vida.

Amigos, espero que tenham gostado do relato da professora Daniele!
Abraços,
Cleusa

terça-feira, 13 de maio de 2008

Reunião em Porto Alegre/RS

ROMÂNTICOS CONSPIRADORES
1ª Reunião do Núcleo de Porto Alegre/RS
Data: 28/04/2008
Local: Colégio Farroupilha Hora do Início: 14h30
Hora do Término: 16h30

Ata:
A primeira reunião do núcleo do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, foi realizada na sala da coordenadora da Educação Infantil do Colégio Farroupilha, Cleusa Beckel. Os participantes foram recepcionados e conduzidos ao local da reunião de forma bastante acolhedora, momento em que se abriu espaço para as apresentações pessoais.
Sob a coordenação de Cleusa, resgatamos a intencionalidade de tal movimento que ocorreu por iniciativa de José Pacheco,após a leitura do artigo escolas invisíveis
Cleusa explicitou a proposta, bem como os aspectos e objetivos do encontro, socializando e-mails e utilizando o computador para que pudéssemos compreender melhor e, também, visualizar a apresentação do o site e do blog.
Estavam presentes: Cleusa Beckel (Coordenadora), Denise Armani Nery Fernandes (Formanda em Pedagogia), Gabriela Castro Fernandes Klein (formanda em Pedagogia e Professora), Maria Beatriz Pauperio Titton (Uniritter -Multiped; Pedagoga), Maria Rosangela Carrasco Monteiro (Supervisora e Professora), Sandra Jaqueline Salvador dos Santos ( Coordenadora Pedagógica e Professora pós-graduação) e Suzana Moreira Pacheco (Professora Pedagogia, SOE). Os demais integrantes não puderam comparecer.
Foi explicitado que o núcleo conta com 13 convidados, sendo que um deles reside no interior do Estado. Os presentes mostraram-se mobilizados e dispostos a participarem dos encontros e debates, demonstrando comprometimento com a educação. Houve um amplo, envolvente e extremamente participativo diálogo, no qual foi sugerida a possibilidade de inserir no grupo alguém que represente a rede estadual e, também, de articular propostas inovadoras já existentes na rede municipal de Porto Alegre.
Também foi analisada a agenda de José Pacheco, que deixou o grupo animado com a possibilidade de vir à Porto Alegre. Neste ínterim, foram sugeridos alguns locais e datas, e os participantes mostraram-se estimulados a buscarem alternativas para a vinda do José.
Os membros presentes decidiram que o núcleo de organização dos encontros não deveria contar com um número exacerbado de componentes, e que deveria estar centrado em determinadas metas, ficando combinado a continuidade dos contatos via e-mail.
Ao final, após saborearmos um gostoso cafezinho, Cleusa muito gentilmente presenteou-nos com uma sacola que continha informativos, DVD, lápis e revistas do colégio e levou-nos a conhecer o belo espaço escolar, partilhando algumas vivências de seu cotidiano profissional encerrando o encontro com um gostinho de quero mais...

Os Conspiradores do Sul:
Porto Alegre:
Cleusa Beckel; Coordenadora do Colégio Farroupilha
Denise Armani Nery Fernandes; Formanda Uniritter
Gabriel Junqueira; Professor da Pedagogia UFRGS
Gabriela Castro Fernandes Klein; Formanda Uniritter e Professora da Escola Monteiro Lobato
Maria Beatriz Paupério Titton; Uniritter-Multiped; Pedagoga.
Maria Carmen S. Barbosa; Estudos da Infância - UFRGS
Maria Luiza Xavier; PPGEDU / UFRGS
Maria Rosangela Carrasco Monteiro; Supervisora e professora EMEF Prof Gilberto Jorge
Marta Nörnberg; Profª Pedagogia e Coordenadora Unilasalle e Colégio Sinodal
Sandra Jaqueline Salvador dos Santos; Coord. Pedagógica da EMEF Vereador Martim Aranha e Professora Pós-Graduação na Unilasalle
Susana Beatriz Fernandes; Professora PPGEDU / UFRGS
Suzana Moreira Pacheco; Professora Pedagogia - SOE Unilasalle e EMEF Gilberto Jorge
Outras Cidades:
Três Coroas: Israel Lucas; Gestor educacional


Encaminhamento:
Ficou decidido que a reunião acontecerá no dia 05/05 de 2008 no Colégio Farroupilha às 9 h.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Notícias de São Paulo





No dia 26 de Abril nos reunimos em São Paulo, foi nosso segundo encontro e contou com 14 participantes. Deixo as fotos.
Luiz de Campos organizou uma lista com os nomes e e-mails de todos de São Paulo (os que foram nas reuniões ou se manifestaram em blog ou e-mail). Somos 34 conspiradores! Como conversamos na reunião, podemos criar um e-grupo só de São Paulo, o que acham? Alguém sabe como faz?


Ah! A próxima reunião será no dia 31 de maio.
Abraços, Carla.

domingo, 4 de maio de 2008

Memória da Reunião em Natal/RN


ROMÂNTICOS CONSPIRADORES

1ª Reunião do Núcleo de Natal/RN

Data: 28/04/2008
Local: Escola Estadual Hegésippo Reis, instituição que implementa o projeto “Casa de Saberes” a partir de fevereiro de 2007.
Hora do Início: 19h30
Hora do Término: 21h30

Abertura:
Apesar da chuva torrencial que caia sobre Natal, a reunião aconteceu. Cláudia Santa Rosa abriu a reunião, dando boas vindas aos presentes e fez uma breve explanação sobre o objetivo do encontro, relatando as reuniões de conspirações que já aconteceram em outras cidades brasileiras, em virtude de, até o momento, apenas ela, Wilson Azevedo e Priscila Griner participam da lista de discussão pela internet. Realçou a importância da presença de todos (as), mas, sobretudo, do José Pacheco pelo fato de ter sido ele o responsável pelo encontro de tantas pessoas comprometidas com a educação brasileira. Lembrou que a primeira mensagem do Pacheco foi dirigida a um grupo de pessoas por ocasião do último Carnaval e que de lá para cá o grupo tem se ampliado, já contando com um Blog, um Site e uma Lista de Discussão pela internet.

Auto-apresentação dos Presentes:
Aucilene Vieira Barreto - atua como cozinheira da Escola Estadual Hegésippo Reis, mas disse que se percebe como educadora. Relatou como tem sido importante o projeto “Casa de Saberes” para a sua escola, revigorando o compromisso de todos a partir do trabalho iniciado com a chegada de Cláudia Santa Rosa, coordenadora pedagógica. Destacou a sua atuação como mediadora de leitura junto às crianças, e, especialmente, durante atividades no último sábado, dia 26 de abril, por ocasião de um passeio de trem, intitulado nas “Trilhas da Leitura”.

Cláudia Santa Rosa – coordenadora pedagógica na Escola Estadual Hegésippo Reis. Disse sentir-se motivada a participar de um grupo interessado em construir junto, enriquecer as suas práxis, mostrar que são possíveis projetos de cidadania acontecer nas escolas. Destacou o quanto foi significativo realizar a sua pesquisa de doutoramento na Escola da Ponte e como se sente desafiada a fazer com que a sua tese seja útil às escolas brasileiras. Destacou que é uma das fundadoras da ONG Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) e por lá coordena projeto implementado junto às 79 escolas da rede estadual que oferecem de 1º ao 5º ano do ensino fundamental, localizadas em Natal e Parnamirim/RN.

Daniela Sobral – no momento faz assessorias junto a escolas de Natal, mas é sócia do SAPIENS, empresa de consultoria sediada em Recife/PE e que já trouxe o Pacheco para eventos. Relatou sobre a sua visita em 2007 à Escola da Ponte e colocou-se a disposição do grupo.

Hélio Santa Rosa – marido da Cláudia, cirurgião dentista, funcionário público federal (Justiça Eleitoral). Apenas a acompanhava, embora tenha feito comentários sobre o quadro educacional do país e a identificação que passou a ter com o Freinet a partir de Cláudia.

José Pacheco – educador, esteve na Escola da Ponte por quase 30 anos e agora tem descoberto projetos pelo Brasil que podem ajudar a melhorar a educação brasileira.

Leia Marques da Silva – coordenadora pedagógica da Escola Modelo, localizada em Nova Cruz/RN, cursa Pedagogia e Ciências Contábeis, simultaneamente.

Maria Evania de Oliveira – atua como mediadora de leitura na Escola Estadual Hegésippo Reis, mas também integra a equipe do IDE. Acredita no que faz, investe com garra em seus projetos e se sente feliz atuando em Educação.

Marizete Soares Santos – Diretora e proprietária da Escola Modelo, localizada em Nova Cruz/RN. Sente-se realizada em sua escola e procura sempre se aperfeiçoar.

Priscila Griner - Diretora e proprietária do Instituto Educacional Casa Escola (IECE), que há anos implementa projeto diferenciado, mas a partir de 2007 alterou o seu projeto, tendo em vista o referencial da Escola da Ponte. Disse que participou de Curso com professores da Escola da Ponte promovido pela empresa do Wilson Azevedo.

Sônia Medeiros de Farias – Diretora da Estadual Hegésippo Reis e do quadro da Escola há 22 anos. Relatou o quanto tem se alterado, positivamente, o trabalho da Escola a partir da chegada da Cláudia e com o início do projeto “Casa de Saberes”.

Tácia Maria Ataide Pereira – associada fundadora da ONG IDE. Aposentada da rede pública, onde atuou como professora, gestora e formadora em curso de licenciatura em Pedagogia. Disse não saber fazer outra coisa que não seja atuar em Educação, que sente-se realizada no que faz.

Wilson Azevedo – Diretor e proprietário a Aquifolium, empresa que realiza cursos à distância, entre outros serviços de assessoria. A sua filha estudou por um semestre na Escola da Ponte e no retorno ao Brasil a família veio residir nos arredores de Natal. A filha estudou na Casa Escola. Através da Aquifolium Wilson já organizou e realizou vários cursos em que professores da Escola da Ponte discutiram com educadores brasileiros.

Vânia Maria Perdigão Cabral – atua como coordenadora administrativo-financeira da Estadual Hegésippo Reis. Fez um relato sobre os ganhos da sua escola a partir do projeto “Casa de Saberes” e a firmeza e determinação de Cláudia. Disse que a escola agora outra.

A rodada de apresentação foi concluída com a fala de Cláudia, expressando a generosidade das pessoas da sua escola em referenciá-la, mas lembrou que as coisas só estão acontecendo porque há adesão e acolhida de todos.



Relatos, conversa:

Cláudia perguntou se alguém tinha alguma idéia de como poderiam dar andamento à reunião. Diante do silêncio, sugeriu que José Pacheco falasse das suas motivações para enviar o e-mail de provocação por ocasião do Carnaval. Pacheco explicou seus motivos para ter enviado a carta que deu origem aos Românticos Conspiradores: incentivar o compartilhamento deexperiências e praticas. Na verdade um convite para uma boa "briga" para melhorarem-se e melhorar a escola. E se propos a ajudar a evitar que cometamos os mesmos erros que ele cometeu na Escola da Ponte -- a somente cometermos erros novos. Sugeriu um levantamento do atual estagio da educação em Natal, nas cidades do RN, para ser possível comparar avanços de cada iniciativa em relação a este estagio encontrado. Pacheco também anunciou um projeto pessoal para 10 anos, a partir de 2010: ficar num lugar no Brasil noqual ajudará uma escola pública local a se tornar uma das melhores dopaís. Sugeriu também promover encontros nas escolas para mostrar que não estão sozinhas, para evitar que propaganda negativa ou caluniosa prevaleça. Sobre a Conspiração disse que os brasileiros terão que descobrir como organizar-se e o que fazer, que não será ele a dizer, mas que tem convicção de que sem luta o quadro educacional do país não sofrerá alterações. Disse que pensou que 2008 será um ano para os núcleos se organizarem e que 2008 será um ano para apresentação dos núcleos e dos projetos ao Brasil, através da mídia e de encontros presenciais. Priscila falou de como sente que as escolas privadas são discriminadas pelo poder público, que as excluem dos eventos, dos espaços de discussão. Cláudia disse entender se este um ponto de pauta das discussões que estarão por vir. Cláudia também ressaltou que entende que a Conspiração abrigará discussões comuns a todos de um mesmo núcleo e discussões específicas, pois há pontos que movem quem atua em escolas estatais, há pontos que movem quem atua em escolas privadas e pontos comuns, no que os demais participantes concordaram. Tácia lembrou a importância de cada um convidar pessoas e/ou escolas que entendem que de alguma maneira se identificam com o Românticos Conspiradores, proposta que foi aceita por todos. Cláudia relatou a nova proposta da Secretaria estadual de educação de organização das escolas por núcleos, esperando que implementem projeto comum. Disse que o núcleo da Hegésippo Reis tem mais três escolas e que percebe que seria um canal importante para conspiração. Pacheco achou a idéia muito interessante, na linha de se pensar no bairro e na cidade educadora. Lembrou que o IDE, que já’atua na H. Reis poderia articular as quatro escolas, como já’havai sido proposto por representantes da Secretaria em reunião do Núcleo, conforme relato de Cláudia e Sônia. Wilson lembrou a necessidade das escolas presentes conhecerem melhor os seus projetos.

Encaminhamento:
Reunião no dia 14 de maio, às 16 horas, no IECE, para 3 escolas (IECE, Escola H. Reis e Escola Modelo) compartilharem o que já fazem e que obstáculos têm encontrado para que se possa pensar em iniciativas do grupo para ajudar a superá-los. Mapa de localização do IECE no Google Maps: http://iece.notlong.com

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Notícias de Natal-Casa Escola : visita do Pacheco


A procura de uma pedagogia e de uma estrutura educacional que proporcione uma escola mais autêntica e voltada para a autonomia - dos alunos, dos professores e pais - recorremos aos princípios que norteam a prática da Escola da Ponte. Diante disso, na Casa Escola, há dois anos de trabalho em busca de mudanças em nossas práticas, podemos afirmar que já temos um pequeno e importante início. Isto se reflete em nossos alunos, no modo mais consciente e responsável de ser, e na relação mais colaborativa entre os adultos da escola. A garotada tornou-se mais questionadora do que antes, mais curiosa; os alunos cobram mais dos professores e conseguem se organizar melhor para estudar e cooperar. No que se refere à equipe, esta tornou-se mais coesa, mais disposta a estudar e a se reunir para trazer soluções. Nesse contexto, existe uma cobrança salutar entre os profissionais. Porém não se pode perder de vista que ainda temos muiiiiiiiiiiiito...a percorrer. Para complementar a nossa aventura nas veredas da educação, esta semana recebemos a visita do Pacheco e de Claudia Santa Rosa na Casa Escola, aqui mesmo no RN em Natal. Só posso contar para vocês, românticos conspiradores, que a visita foi de extrema importância e ajuda para a Casa Escola. Tanto os alunos, os profissionais assim como alguns pais que se disponibilizaram, tivemos a oportunidade de ouvir Pacheco desfazendo o senso-comum enraizado com a destreza socrática que só ele sabe fazer. Foi um momento indescritível de esclarecimentos e reflexão, onde pudemos dar mais um pequeno passo em direção contrária à ignorância que nos prende à práticas desumanizadoras. Ufa, que maravilha! Aproveito esse espaço também para novamente agradecer ao carinho e a dedicação que Cláudia e Pacheco dispensaram a comunidade da Casa Escola e informo que o próximo encontro do Núcleo de Natal será na Casa Escola no dia 14 de maio às 16 horas.

sábado, 5 de abril de 2008

Em nossos projetos...


Crianças do Projeto Casa de Saberes organizam convites para o lançamento do espaço de leitura - Natal/RN, 2007.


Há um trabalho árduo para que os nossos projetos se fortaleçam e tornem-se perenes. Vamos comentar este tópico, identificando-os (nome do projeto, cidade, tipo de instituição). Em seguida, façamos o "exercício" bem simples de escrever sobre três pontos:

- o que já caminha bem.
- no que estamos investindo energias, de modo especial, neste momento.
- o que mais nos preocupa.

Vamos lá? Quem começa?


Prédio da Governadoria do Estado. Crianças entregam convites.

Crianças, ao lado da Secretária de Estado da Educação e de outros adultos, coordenam a Mesa da Solenidade de Lançamento do Espaço de Leitura da Escola Estadual Hegésippo Reis, no âmbito do projeto "Casa de Saberes".

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Organização Núcleo RJ


Pessoal,

Inspirado na movimentação do pessoal de SP, estou criando este tópico para que nós aqui do RJ possamos articular um encontro para primeiras trocas de idéias.

Desde já, coloco a sede da Moleque de Idéias à disposição para este encontro. Ficamos aqui em Niterói, do outro lado da "poça".

Fico aguardando manifestações, sugestões, etc.

COMPLEMENTANDO (01-03-2008):
Cláudia e Margareth sugeriram que já houvesse uma proposta de data. Em princípio, creio que seria melhor em um sábado, não?

Como teremos a Semana Santa dia 21 de marco, restam duas alternativas para março: 15 ou 29.

O que acham melhor?
Sugestões de horário?

Abraços a todos,

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Nossas expectativas


Fico contente em ver as pessoas entusiasmadas com o encontro. E como a Claudia disse, é interessante analisarmos a viabilidade de pelo menos um encontro mensal para compartilharmos projetos, experiências etc. Queria sugerir um espaço, ainda que virtual, para começarmos a conhecer nossas expectativas quanto ao núcleo. O que queremos? O que esperamos fazer nos núcleos? Quais os objetivos dos núcleos?
É uma forma de todos se envolverem (mesmo os que estão fisicamente distantes), e de manter uma sintonia, ou um diálogo, entre os núcleos que começam a surgir.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Organização de Núcleos

Que tal começarmos a discutir sobre núcleos para a organização do nosso movimento de conspiração? Somos todos (as) super criativos (as) e com certeza temos muitas idéias a partilhar. Neste momento, sugiro olharmos para o mapa do nosso país, do nosso Estado, da nossa cidade e pensarmos sobre a abrangência de cada núcleo ou daquele que fazemos/faremos parte. Talvez seja interessante analisarmos a viabilidade de, pelo menos, um encontro mensal entre os participantes de núcleo para as trocas sobre projetos que estão sendo implementados, pesquisas, idéias. Encontros para compartilhar experiências, oferecer e receber poesias, ouvir músicas, comer juntos (as), falar das dores e dos amores, das alegrias e tristezas.
Que tal cada um de nós propor um núcleo e especificar qual seria a sua abrangência?
Quem se propõe a convidar um grupo de pessoas para uma primeira reunião de um possível núcleo?

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Nossos Projetos

Que tal comentarmos este tópico, contando um pouco sobre os nossos projetos na área de educação e sobre como esses projetos se encontram com a rede de "Românticos Conspiradores"? De vez em quando podemos voltar ao Blog para ler os comentários e para nos encontrarmos, nos conhecermos.
Quem começa?

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Aos Românticos Conspiradores


Mais de dois anos já decorreram sobre a publicação do artigo que reproduzo abaixo. Nesse hiato, conheci muitos mais projectos, muitos mais lugares onde acontece mudança. Estou a escassos dias de partir para lugares onde me esperam educadores que reinventam o Brasil, e tenho a certeza de que muitos outros virei a conhecer em futuras viagens. Serão tantos, que chegará o momento em que não poderei acompanhá-los como eles merecem.
Desde 2001, encetei uma longa “corrida” pelo Brasil das escolas. Foi-me dado a conhecer o que de melhor este país tem. Agora, consciente de que são os brasileiros que irão refazer o Brasil (e não um estrangeiro), creio ter chegado o tempo de preparar a minha retirada. Mas, antes, para que não se percam no anonimato as maravilhosas descobertas, pretendo ajudar a criar uma rede de cooperação entre educadores e projectos, que possa constituir-se em suporte documental e de comunicação. Também gostaria de ver organizados “núcleos de reflexão” (“rodas de conversa”, “círculos de estudo”, o que lhes queiram chamar...).
A ideia não é nova, a intenção talvez seja. Apercebi-me de que, no Brasil, os bons projectos se ignoram mutuamente. A Cleusa desenvolve o seu projecto numa cidade distante 4000 quilómetros da cidade onde a Regina produz inovações. Os seus projectos são idênticos, mas elas nunca conversaram. A Ana (de São Paulo) nunca ouviu falar do Cláudio (de Curitiba), embora trabalhem em estados contíguos. A Caroline desconhece o projecto da Patrícia e ambas são mineiras. A Andréa e o André moram na mesma cidade e nunca se encontraram...
Envio esta mensagem a todas as pessoas que ajudam a manter e melhorar projectos em que eu acredito, para tentar assegurar trocas entre projectos e garantir-lhes perenidade. O que aconteceria neste país, se os ignorados virassem parceiros? E, se depois de juntos, se dessem a conhecer a outros?
A proposta é dupla e simples:
Criar “núcleos” em bairros, cidades, ou regiões – para apoio a projectos locais;
Criar um rede de colaboração na internet – para partilha de experiências e de conhecimento.
Não ouso sugerir o modo de fazer, nem o quando. Creio já ter falado demais...
Como escreveu a minha amiga Cláudia, são necessários “avanços para a educação brasileira, no sentido de transitarmos da condição atual, de termos meramente escolas estatais, para a condição de construirmos escolas públicas, que dialoguem em rede e, gradativamente, possam integrar um sistema educacional”. Por isso, não proponho a formação de grupos de estudo sobre a Escola da Ponte, mas o debate em torno de princípios e da realidade brasileira. Não para melhorar o modelo tradicional de Escola Pública (de iniciativa estatal ou particular), que já não funciona, mas para operar rupturas. Rupturas bem pensadas e bem avaliadas – para grandes metas, pequenos passos...
Para facilitar os contactos, ouso referir alguns endereços de pessoas, que acredito quererem melhorar-se, para melhorar a Educação do Brasil. Certamente, faltarão muitos nomes nesta lista. Não consegui encontrar os seus e-mail. Mas cada “convidado” poderá convidar... Seja bem vindo quem vier por bem.
Acaso algum dos “núcleos” formados pretenda promover um encontro em que eu esteja presente, poderei disponibilizar um tempo para tal. Ficarei na expectativa. E disponível para, como “amigo crítico”, discretamente partilhar aquilo que vier a tomar forma.
O convite está lançado. Quem quer participar? Quem quer organizar?
Não sei se para vós este convite fará sentido. Para mim, faz todo o sentido. Ficarei aguardando as adesões, as observações, os conselhos, as contestações...

Abraço fraterno.

José Pacheco


As escolas invisíveis
(José Pacheco, Folha de São Paulo, Novembro de 2005)

Perguntam os meus patrícios por que razão eu viajo tanto para o Brasil. E eu explico. Se comparadas ao Brasil, as escolas europeias dispõem de melhores recursos. Porém, acumulam-se as teses sobre o mal-estar docente, sem que se vislumbre a cura para a maleita dos professores. As escolas do "primeiro mundo" converteram-se ao digital, mas mantêm e reforçam práticas de ensino obsoletas. Os excelentes profissionais que elas albergam possuem saberes suficientes para romper o círculo vicioso do insucesso, mas o insucesso mantém-se e prospera. As escolas portuguesas têm meios para se afirmarem como espaços de democratização, mas estão acomodadas, cínicas.
Sem dualismos maniqueístas, é preciso afirmar que há, no Brasil, muitos professores que dão sentido às suas vidas, dando sentido à vida das crianças e das escolas. Sinto-me um privilegiado por, após três décadas de trabalho numa escola que ousou provar que a utopia é realizável, encontrar no Brasil tanta generosidade e responsável ousadia.
Em cada viagem, junto mais uma ou duas novas escolas ao já extenso rol. No extremo norte do país, um colégio busca a forma ideal de escola que dê a todos garantia do exercício da cidadania e de realização pessoal. Num hospital do sul, uma equipa de professores, técnicos de serviço social, animadores e voluntários suavizam os dias de crianças doentes. Num lugarejo perdido do Nordeste, a fé pedagógica faz milagres e produz um ensino que faria inveja de muito colégio (dito) de elite. Junto ao mar de Santa Catarina, crescem as paredes de uma escola sem paredes, que concretizará o sonho de um pequeno grupo de educadores. Em São Paulo, por detrás de um pesado portão protector, um jardim-de-infância feito à medida da criança comove o visitante mais insensível. Na periferia da grande metrópole, professores e pais juntam-se a amigos e pesquisadores, para dar forma a um projecto que transformou “salas de aula” em “espaços de estudo”. Numa escola do Rio, os sonhos de uma escola à medida do Homem ganham forma, fazendo das crianças pessoas mais sábias e mais felizes. Sob o "mar de Minas", uma mulher empenha-se na humanização de uma academia de polícia. Na Bahia, um homem bom reinventou modos de ensinar e aprender e um grupo de voluntários leva esperança a uma escola no interior de uma favela. Perto do lugar onde Cora viveu, a tenda de circo e a ágora resgatam a vocação da escola. Em pleno centro da capital, a diversidade cultural assume contornos reais, uma fundação procura respostas para os “diferentes”, e uma ONG suporta a humanização do sistema de relações numa escola antes condenada à desactivação.
Durante o período negro dos governos de militares, muitos projectos pereceram. Mas uma nova geração de educadores emerge. Uma ruptura paradigmática se anuncia. As escolas invisíveis não prescindem de um património comum e são alheias a modas pedagógicas. Assistiram à ascensão e à queda do modismo construtivista, e foram imunes ao fenómeno. Não fossilizaram Vigotsky e Piaget. Adoptaram-nos, adaptando-os, contextualizando-os. As escolas invisíveis recuperam uma tradição esquecida. Redescobriram Anísio Teixeira, que, nos anos 30, defendia a necessidade de mudar a escola, para que esta se tornasse um instrumento de mudança social. Reencontraram Lauro Lima, que, na década de 60, fez a reinterpretação brasileira do pensamento de Piaget. Recuperaram os contributos de Paulo Freire.
Apetece perguntar: por que razão os professores das escolas brasileiras não estudam devidamente estes e outros autores? Talvez porque nos centros de decisão e nos lugares onde, supostamente, se produz ciência, abundem teóricos redundantes. Já li disparates escritos sob a forma de trabalho científico. Se alguns teóricos adoptaram Dewey, outros rotularam o Anísio de “liberal conservador”. Os teóricos redundantes, especialmente especializados em citações de citações, enfeitam as suas teses com “construtivismos” e quejandos, sem que façam a mínima ideia da realidade que subjaz às citações. Os teóricos redundantes são uma praga na formação de professores. Não geram conhecimento, apenas especulações que se refutam mutuamente e não fertilizam as práticas. As escolas invisíveis agem à margem dessas bizantinas criaturas e da sua despicienda labuta teórica, sem que fiquem cativas de um praticismo inconsequente feito de rotina e caprichos.
É sabido que um dos obstáculos à mudança nas escolas radica no predomínio de uma cultura pessoal e profissional dos professores, que os convida à acomodação. Mas importa acrescentar o que vem sendo escamoteado: quer essa cultura é reforçada pela formação de professores que ainda se vai fazendo...
O modo como os professores aprendem é o mesmo com que ensinam. Este inevitável isomorfismo da formação mostra-se fatal para as aspirações dos governantes a novas e melhores práticas escolares. Se os professores são formados em métodos passivos, poder-se-á esperar que desenvolvam métodos activos com os seus alunos? Mutatis, mutandis: se foram formatados numa inútil acumulação cognitiva, irão adoptar o modelo transmissivo.
“A mente apavora o que ainda não é mesmo velho” e, em muitas instituições de formação, existe algo comparável a uma conspiração de silêncio. Em quantas instituições de formação de professores se fala, por exemplo, de Ferrer e da tradição libertária em Educação? Quantos formadores de professores ousam mencionar Feyerabend e assumir o princípio que nos diz ser a poesia um meio de explorar a realidade, ou o Freud que nos diz que só se aprende algo por amor a alguém? Quantos assumirão que a “flecha do tempo” (Prigogine & Stengers) é, também, referência na relação educativa, ou que toda a inovação comporta a intervenção do acaso? Muitos autores foram banidos dos manuais. E não são poucas as universidades que sofrem dessa amnésia, que não se libertaram de um conceito clássico de ciência, e reproduzem fundamentalismos pedagógicos estéreis. Porém, apesar da escola de formação (e contra a escola de formação), os professores das “escolas invisíveis” rompem com o fatalismo da reprodução do insucesso e da exclusão.
Assim como certas correntes de pensamento, teorias e pedagogos permanecem invisíveis, também são invisíveis certas escolas. Mas estas por uma boa razão, porque a visibilidade social volta-se contra os projectos de mudança reflectida que essas escolas empreenderam. Há escolas onde a reelaboração cultural acontece e as concepções e práticas educacionais evoluem... discretamente.
Poderão pensar os mais cépticos que se trata de um devaneio. Pois que continuem a pensar. O Brasil desconhece o que tem de melhor. Uma reforma silenciosa, marginal às tentativas oficiais de reforma, está acontecendo por aí, num tempo de transição entre a História e o advento da Era do Espírito. Os professores que as habitam não recebem reconhecimento público. Por vezes, recebem injustiça, mas dão lições de resiliência. Esses professores são mal remunerados, mas não usam o baixo salário como álibi para a inacção. Constróem uma escola para todos com garantia de excelência académica. Não auferem de benefícios, nem aspiram à celebridade. Coleccionam dificuldades e incompreensões. Fazem milagres com os recursos de que dispõem, que o Brasil não é pobre em recursos humanos. O Brasil desperdiça recursos. Os educadores anónimos que habitam as escolas invisíveis tecem uma rede de fraternidade. São fonte de esperança, num Brasil condenado a acreditar que, pela Educação, há-de chegar ao exercício de uma cidadania plena.
(originariamente postado em 07/02/2008)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

As Mensagens abaixo não são as mais antigas, mas foram retiradas da página anterior para uma limpada.

Reunião em Porto Alegre - Notícia por E-mail
Bom dia Cláudia e amigos conspiradores!
Nossa reunião aqui em Porto Alegre acontecerá amanhã dia 2/4(quarta) as 13hs, aqui no Jardim de Infância do Colégio Farroupilha. Pretendemos dar início ao núcleo aqui do sul. O Israel, por ter compromissos na sua cidade irá participar do próximo encontro, possivelmente final de abril. Esperamos, nesse primeiro momento, alinhavar nossas ações e agregar mais pessoas para darmos continuidade a esse movimento!

Cláudia, estarei presente em pensamento torcendo por vc [sobre a defesa da Tese]! Parabéns por mais essa conquista!

Abraços a todos,
Cleusa Beckel
(originariamente postado em 01/04/2008)

Para Refletir

"Eu não ensino e não mando.
Ensinando sai cópia, mandando sai escravo.
Eu transmito meu espírito"
(Kan-Tchi Sato)

(originariamente postado em 09/02/2008)

REUNIÃO: NÚCLEO SUL

II ENCONTRO DO NÚCLEO DO SUL

Data: 5 de maio (segunda-feira)

Horário: 9h

Local: Jardim de Infância do Colégio Farroupilha (Rua Carlos Huber, 425 - Porto Alegre-RS)


“Mas as escolas (com letra minúscula) podem ser também lugares onde os professores podem aprender. Basta que estejam atentos e se imaginem navegadores solitários... e solidários. Cada escola (com letra minúscula) é um lugar com muitas histórias para contar. Histórias que dão testemunho de uma “reforma silenciosa” ...”
“Quando Eu For Grande Quero Ir a Primavera” ( p.106) José Pacheco

Colegas, venham contar suas histórias!

Abraços,
Cleusa

(originariamente postado em 22/04/2008)