sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Organização Núcleo RJ


Pessoal,

Inspirado na movimentação do pessoal de SP, estou criando este tópico para que nós aqui do RJ possamos articular um encontro para primeiras trocas de idéias.

Desde já, coloco a sede da Moleque de Idéias à disposição para este encontro. Ficamos aqui em Niterói, do outro lado da "poça".

Fico aguardando manifestações, sugestões, etc.

COMPLEMENTANDO (01-03-2008):
Cláudia e Margareth sugeriram que já houvesse uma proposta de data. Em princípio, creio que seria melhor em um sábado, não?

Como teremos a Semana Santa dia 21 de marco, restam duas alternativas para março: 15 ou 29.

O que acham melhor?
Sugestões de horário?

Abraços a todos,

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Nossas expectativas


Fico contente em ver as pessoas entusiasmadas com o encontro. E como a Claudia disse, é interessante analisarmos a viabilidade de pelo menos um encontro mensal para compartilharmos projetos, experiências etc. Queria sugerir um espaço, ainda que virtual, para começarmos a conhecer nossas expectativas quanto ao núcleo. O que queremos? O que esperamos fazer nos núcleos? Quais os objetivos dos núcleos?
É uma forma de todos se envolverem (mesmo os que estão fisicamente distantes), e de manter uma sintonia, ou um diálogo, entre os núcleos que começam a surgir.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Organização de Núcleos

Que tal começarmos a discutir sobre núcleos para a organização do nosso movimento de conspiração? Somos todos (as) super criativos (as) e com certeza temos muitas idéias a partilhar. Neste momento, sugiro olharmos para o mapa do nosso país, do nosso Estado, da nossa cidade e pensarmos sobre a abrangência de cada núcleo ou daquele que fazemos/faremos parte. Talvez seja interessante analisarmos a viabilidade de, pelo menos, um encontro mensal entre os participantes de núcleo para as trocas sobre projetos que estão sendo implementados, pesquisas, idéias. Encontros para compartilhar experiências, oferecer e receber poesias, ouvir músicas, comer juntos (as), falar das dores e dos amores, das alegrias e tristezas.
Que tal cada um de nós propor um núcleo e especificar qual seria a sua abrangência?
Quem se propõe a convidar um grupo de pessoas para uma primeira reunião de um possível núcleo?

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Nossos Projetos

Que tal comentarmos este tópico, contando um pouco sobre os nossos projetos na área de educação e sobre como esses projetos se encontram com a rede de "Românticos Conspiradores"? De vez em quando podemos voltar ao Blog para ler os comentários e para nos encontrarmos, nos conhecermos.
Quem começa?

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Aos Românticos Conspiradores


Mais de dois anos já decorreram sobre a publicação do artigo que reproduzo abaixo. Nesse hiato, conheci muitos mais projectos, muitos mais lugares onde acontece mudança. Estou a escassos dias de partir para lugares onde me esperam educadores que reinventam o Brasil, e tenho a certeza de que muitos outros virei a conhecer em futuras viagens. Serão tantos, que chegará o momento em que não poderei acompanhá-los como eles merecem.
Desde 2001, encetei uma longa “corrida” pelo Brasil das escolas. Foi-me dado a conhecer o que de melhor este país tem. Agora, consciente de que são os brasileiros que irão refazer o Brasil (e não um estrangeiro), creio ter chegado o tempo de preparar a minha retirada. Mas, antes, para que não se percam no anonimato as maravilhosas descobertas, pretendo ajudar a criar uma rede de cooperação entre educadores e projectos, que possa constituir-se em suporte documental e de comunicação. Também gostaria de ver organizados “núcleos de reflexão” (“rodas de conversa”, “círculos de estudo”, o que lhes queiram chamar...).
A ideia não é nova, a intenção talvez seja. Apercebi-me de que, no Brasil, os bons projectos se ignoram mutuamente. A Cleusa desenvolve o seu projecto numa cidade distante 4000 quilómetros da cidade onde a Regina produz inovações. Os seus projectos são idênticos, mas elas nunca conversaram. A Ana (de São Paulo) nunca ouviu falar do Cláudio (de Curitiba), embora trabalhem em estados contíguos. A Caroline desconhece o projecto da Patrícia e ambas são mineiras. A Andréa e o André moram na mesma cidade e nunca se encontraram...
Envio esta mensagem a todas as pessoas que ajudam a manter e melhorar projectos em que eu acredito, para tentar assegurar trocas entre projectos e garantir-lhes perenidade. O que aconteceria neste país, se os ignorados virassem parceiros? E, se depois de juntos, se dessem a conhecer a outros?
A proposta é dupla e simples:
Criar “núcleos” em bairros, cidades, ou regiões – para apoio a projectos locais;
Criar um rede de colaboração na internet – para partilha de experiências e de conhecimento.
Não ouso sugerir o modo de fazer, nem o quando. Creio já ter falado demais...
Como escreveu a minha amiga Cláudia, são necessários “avanços para a educação brasileira, no sentido de transitarmos da condição atual, de termos meramente escolas estatais, para a condição de construirmos escolas públicas, que dialoguem em rede e, gradativamente, possam integrar um sistema educacional”. Por isso, não proponho a formação de grupos de estudo sobre a Escola da Ponte, mas o debate em torno de princípios e da realidade brasileira. Não para melhorar o modelo tradicional de Escola Pública (de iniciativa estatal ou particular), que já não funciona, mas para operar rupturas. Rupturas bem pensadas e bem avaliadas – para grandes metas, pequenos passos...
Para facilitar os contactos, ouso referir alguns endereços de pessoas, que acredito quererem melhorar-se, para melhorar a Educação do Brasil. Certamente, faltarão muitos nomes nesta lista. Não consegui encontrar os seus e-mail. Mas cada “convidado” poderá convidar... Seja bem vindo quem vier por bem.
Acaso algum dos “núcleos” formados pretenda promover um encontro em que eu esteja presente, poderei disponibilizar um tempo para tal. Ficarei na expectativa. E disponível para, como “amigo crítico”, discretamente partilhar aquilo que vier a tomar forma.
O convite está lançado. Quem quer participar? Quem quer organizar?
Não sei se para vós este convite fará sentido. Para mim, faz todo o sentido. Ficarei aguardando as adesões, as observações, os conselhos, as contestações...

Abraço fraterno.

José Pacheco


As escolas invisíveis
(José Pacheco, Folha de São Paulo, Novembro de 2005)

Perguntam os meus patrícios por que razão eu viajo tanto para o Brasil. E eu explico. Se comparadas ao Brasil, as escolas europeias dispõem de melhores recursos. Porém, acumulam-se as teses sobre o mal-estar docente, sem que se vislumbre a cura para a maleita dos professores. As escolas do "primeiro mundo" converteram-se ao digital, mas mantêm e reforçam práticas de ensino obsoletas. Os excelentes profissionais que elas albergam possuem saberes suficientes para romper o círculo vicioso do insucesso, mas o insucesso mantém-se e prospera. As escolas portuguesas têm meios para se afirmarem como espaços de democratização, mas estão acomodadas, cínicas.
Sem dualismos maniqueístas, é preciso afirmar que há, no Brasil, muitos professores que dão sentido às suas vidas, dando sentido à vida das crianças e das escolas. Sinto-me um privilegiado por, após três décadas de trabalho numa escola que ousou provar que a utopia é realizável, encontrar no Brasil tanta generosidade e responsável ousadia.
Em cada viagem, junto mais uma ou duas novas escolas ao já extenso rol. No extremo norte do país, um colégio busca a forma ideal de escola que dê a todos garantia do exercício da cidadania e de realização pessoal. Num hospital do sul, uma equipa de professores, técnicos de serviço social, animadores e voluntários suavizam os dias de crianças doentes. Num lugarejo perdido do Nordeste, a fé pedagógica faz milagres e produz um ensino que faria inveja de muito colégio (dito) de elite. Junto ao mar de Santa Catarina, crescem as paredes de uma escola sem paredes, que concretizará o sonho de um pequeno grupo de educadores. Em São Paulo, por detrás de um pesado portão protector, um jardim-de-infância feito à medida da criança comove o visitante mais insensível. Na periferia da grande metrópole, professores e pais juntam-se a amigos e pesquisadores, para dar forma a um projecto que transformou “salas de aula” em “espaços de estudo”. Numa escola do Rio, os sonhos de uma escola à medida do Homem ganham forma, fazendo das crianças pessoas mais sábias e mais felizes. Sob o "mar de Minas", uma mulher empenha-se na humanização de uma academia de polícia. Na Bahia, um homem bom reinventou modos de ensinar e aprender e um grupo de voluntários leva esperança a uma escola no interior de uma favela. Perto do lugar onde Cora viveu, a tenda de circo e a ágora resgatam a vocação da escola. Em pleno centro da capital, a diversidade cultural assume contornos reais, uma fundação procura respostas para os “diferentes”, e uma ONG suporta a humanização do sistema de relações numa escola antes condenada à desactivação.
Durante o período negro dos governos de militares, muitos projectos pereceram. Mas uma nova geração de educadores emerge. Uma ruptura paradigmática se anuncia. As escolas invisíveis não prescindem de um património comum e são alheias a modas pedagógicas. Assistiram à ascensão e à queda do modismo construtivista, e foram imunes ao fenómeno. Não fossilizaram Vigotsky e Piaget. Adoptaram-nos, adaptando-os, contextualizando-os. As escolas invisíveis recuperam uma tradição esquecida. Redescobriram Anísio Teixeira, que, nos anos 30, defendia a necessidade de mudar a escola, para que esta se tornasse um instrumento de mudança social. Reencontraram Lauro Lima, que, na década de 60, fez a reinterpretação brasileira do pensamento de Piaget. Recuperaram os contributos de Paulo Freire.
Apetece perguntar: por que razão os professores das escolas brasileiras não estudam devidamente estes e outros autores? Talvez porque nos centros de decisão e nos lugares onde, supostamente, se produz ciência, abundem teóricos redundantes. Já li disparates escritos sob a forma de trabalho científico. Se alguns teóricos adoptaram Dewey, outros rotularam o Anísio de “liberal conservador”. Os teóricos redundantes, especialmente especializados em citações de citações, enfeitam as suas teses com “construtivismos” e quejandos, sem que façam a mínima ideia da realidade que subjaz às citações. Os teóricos redundantes são uma praga na formação de professores. Não geram conhecimento, apenas especulações que se refutam mutuamente e não fertilizam as práticas. As escolas invisíveis agem à margem dessas bizantinas criaturas e da sua despicienda labuta teórica, sem que fiquem cativas de um praticismo inconsequente feito de rotina e caprichos.
É sabido que um dos obstáculos à mudança nas escolas radica no predomínio de uma cultura pessoal e profissional dos professores, que os convida à acomodação. Mas importa acrescentar o que vem sendo escamoteado: quer essa cultura é reforçada pela formação de professores que ainda se vai fazendo...
O modo como os professores aprendem é o mesmo com que ensinam. Este inevitável isomorfismo da formação mostra-se fatal para as aspirações dos governantes a novas e melhores práticas escolares. Se os professores são formados em métodos passivos, poder-se-á esperar que desenvolvam métodos activos com os seus alunos? Mutatis, mutandis: se foram formatados numa inútil acumulação cognitiva, irão adoptar o modelo transmissivo.
“A mente apavora o que ainda não é mesmo velho” e, em muitas instituições de formação, existe algo comparável a uma conspiração de silêncio. Em quantas instituições de formação de professores se fala, por exemplo, de Ferrer e da tradição libertária em Educação? Quantos formadores de professores ousam mencionar Feyerabend e assumir o princípio que nos diz ser a poesia um meio de explorar a realidade, ou o Freud que nos diz que só se aprende algo por amor a alguém? Quantos assumirão que a “flecha do tempo” (Prigogine & Stengers) é, também, referência na relação educativa, ou que toda a inovação comporta a intervenção do acaso? Muitos autores foram banidos dos manuais. E não são poucas as universidades que sofrem dessa amnésia, que não se libertaram de um conceito clássico de ciência, e reproduzem fundamentalismos pedagógicos estéreis. Porém, apesar da escola de formação (e contra a escola de formação), os professores das “escolas invisíveis” rompem com o fatalismo da reprodução do insucesso e da exclusão.
Assim como certas correntes de pensamento, teorias e pedagogos permanecem invisíveis, também são invisíveis certas escolas. Mas estas por uma boa razão, porque a visibilidade social volta-se contra os projectos de mudança reflectida que essas escolas empreenderam. Há escolas onde a reelaboração cultural acontece e as concepções e práticas educacionais evoluem... discretamente.
Poderão pensar os mais cépticos que se trata de um devaneio. Pois que continuem a pensar. O Brasil desconhece o que tem de melhor. Uma reforma silenciosa, marginal às tentativas oficiais de reforma, está acontecendo por aí, num tempo de transição entre a História e o advento da Era do Espírito. Os professores que as habitam não recebem reconhecimento público. Por vezes, recebem injustiça, mas dão lições de resiliência. Esses professores são mal remunerados, mas não usam o baixo salário como álibi para a inacção. Constróem uma escola para todos com garantia de excelência académica. Não auferem de benefícios, nem aspiram à celebridade. Coleccionam dificuldades e incompreensões. Fazem milagres com os recursos de que dispõem, que o Brasil não é pobre em recursos humanos. O Brasil desperdiça recursos. Os educadores anónimos que habitam as escolas invisíveis tecem uma rede de fraternidade. São fonte de esperança, num Brasil condenado a acreditar que, pela Educação, há-de chegar ao exercício de uma cidadania plena.
(originariamente postado em 07/02/2008)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

As Mensagens abaixo não são as mais antigas, mas foram retiradas da página anterior para uma limpada.

Reunião em Porto Alegre - Notícia por E-mail
Bom dia Cláudia e amigos conspiradores!
Nossa reunião aqui em Porto Alegre acontecerá amanhã dia 2/4(quarta) as 13hs, aqui no Jardim de Infância do Colégio Farroupilha. Pretendemos dar início ao núcleo aqui do sul. O Israel, por ter compromissos na sua cidade irá participar do próximo encontro, possivelmente final de abril. Esperamos, nesse primeiro momento, alinhavar nossas ações e agregar mais pessoas para darmos continuidade a esse movimento!

Cláudia, estarei presente em pensamento torcendo por vc [sobre a defesa da Tese]! Parabéns por mais essa conquista!

Abraços a todos,
Cleusa Beckel
(originariamente postado em 01/04/2008)

Para Refletir

"Eu não ensino e não mando.
Ensinando sai cópia, mandando sai escravo.
Eu transmito meu espírito"
(Kan-Tchi Sato)

(originariamente postado em 09/02/2008)

REUNIÃO: NÚCLEO SUL

II ENCONTRO DO NÚCLEO DO SUL

Data: 5 de maio (segunda-feira)

Horário: 9h

Local: Jardim de Infância do Colégio Farroupilha (Rua Carlos Huber, 425 - Porto Alegre-RS)


“Mas as escolas (com letra minúscula) podem ser também lugares onde os professores podem aprender. Basta que estejam atentos e se imaginem navegadores solitários... e solidários. Cada escola (com letra minúscula) é um lugar com muitas histórias para contar. Histórias que dão testemunho de uma “reforma silenciosa” ...”
“Quando Eu For Grande Quero Ir a Primavera” ( p.106) José Pacheco

Colegas, venham contar suas histórias!

Abraços,
Cleusa

(originariamente postado em 22/04/2008)

Reunião Núcleo São Paulo

Queridos colegas de São Paulo,
Estou postando para lembrar do nosso próximo encontro.

dia 26/04 (sábado)
Horário: 15:00
Local: Residência de Ana Neves - Aclimação.

Abraços, Carla
(originariamente postado em 21/04/2008)

Reunião em Natal/RN

Oi, pessoal!

Finalmente estaremos realizando a primeira reunião em Natal, objetivando a organização do nosso grupo de conspiração. Diz o calendário que existe o "Dia Nacional da Educação", pois será, justamente, nesse tal dia. Simbólico, não?

Data: 28/04/2008 (Segunda Feira)
Hora: 19h
Local: Escola Estadual Hegésippo Reis (Projeto "Casa de Saberes") - Rua Claudionor Figueiredo, 405, Nova Descoberta - Fone: 3232-2398.
Até lá!
(originariamente postado em 20/04/2008)

Para Refletir 02

"O grande segredo da educação pública de hoje é sua incapacidade de distinguir conhecimento e sabedoria. Forma a mente e despreza o caráter e o coração. As conseqüências são estas que se vê. "
( Theodore Palmquistes )


(originariamente postado em 02/03/2008)